sábado, 13 de novembro de 2010

Infecção: a ameaça invisível



A maioria dos vírus e bactérias não representa perigo à saúde, mas é preciso conhecer mais sobre eles para ficar livre das complicações que a minoria pode provocar


Infecção é uma das últimas palavras que o paciente quer ouvir de seu médico em meio a algum tratamento clínico. Tal desconforto é justificável. As consequências do quadro vão de inofensivos sintomas ao óbito do paciente.

Seres imperceptíveis a olho nu e que invadem o corpo humano sem fazer alarde são os causadores do problema. Esse grupo é composto por vírus, fungos, protozoários e bactérias, agentes que estão por todos os lados. A convivência com eles, geralmente, é pacífica e a troca de benefícios, mútua. Porém, uma pequena parcela pode ser bastante nociva à saúde humana.

“Cada ser microscópio possui um mecanismo específico para causar doenças. Da mesma forma, cada pessoa reagirá de um jeito particular ao seu ataque”, explica Luis Fernando Aranha Camargo, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein. Tudo nessa equação é tão variável quanto complexo: o resultado dependerá das características do invasor, do hospedeiro e da maneira como a infecção ocorre.

O simples contato com esses agentes não é suficiente para dar início a uma ação infecciosa. Ela só ocorre quando a pessoa é atacada por micro-organismos patogênicos. Felizmente, apenas uma pequena proporção pertence a esse grupo.

Perigosa e complexa
A quantidade de invasores também está envolvida na complexidade do quadro. “A exposição a um número reduzido de agentes infecciosos é normalmente inofensiva para a saúde”, explica Sylvia Cardoso Leão, professora associada do departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Pelo lado do hospedeiro, fatores genéticos determinam sua suscetibilidade ao ataque. O estado nutricional é importante para a eficácia da resposta imune, enquanto a existência de doenças associadas, como diabetes, insuficiência renal e hepática, podem dificultar o tratamento”, completa Sylvia.

As infecções que ocorrem na infância são diferentes das que são desenvolvidas na idade adulta e na velhice e variam de acordo com o gênero do paciente. Além de todos esses fatores, o acesso a saneamento básico, a região geográfica e as estações do ano também influenciam nessa batalha microscópica. “Quando um organismo vence nossas defesas, o resultado é o surgimento de doenças. Cada infecção é particular e pode resultar em uma recuperação completa, ocorrência de lesões temporárias, permanentes ou culminar com a morte do indivíduo afetado”, completa Camargo

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